domingo, 24 de janeiro de 2010

Os Impactos sociais


Há também outros fatores familiares que atrapalham o desenvolvimento educacional da criança, como por exemplo, os conflitos conjugais, onde os pais provocam brigas diante da criança, brigas estas, que geram violência física, sem se preocuparem com a presença desse ser tão frágil. Segundo Tirado (2003 p.169):
A infância está sujeita a mudanças, sempre que surgem transformações sociais mais amplas. Basta evocar as novas configurações familiares e as freqüentes crises dos casais para constatar como as crianças estão afetadas por elas e suas correspondentes mudanças culturais.

Além desta causa tão conflitante que o autor mostrou, que são as crises entre casais, ainda há outros fatores, em que, se os pais não se precaverem, pode ser uma faca de dois gumes para a criança; que são eles: o consumismo, muito tempo diante da televisão, o trabalho precoce, ou seja, fatores impróprios para esse público.
O consumismo tem levado a criança a rotular um produto, como sendo o adequado; é aí que entra a propaganda. Bock (2004, p. 283), demonstra a influência da mesma:
Um outro campo muito próximo do que acabamos de ver é o da propaganda ideológica. Neste caso, usa-se menos a técnica de comunicação para atingir mecanismos inconscientes que propiciem o convencimento para a compra de determinado produto (e, em alguns casos, de mecanismos conscientes e, na maioria dos casos, das duas formas combinadas). A propaganda ideológica trabalha com conteúdos ideacionais, com crenças que a opinião é garantida por três fatores: a ação do indivíduo em relação a sua crença, o afeto dedicado à crença e o próprio conhecimento da existência do objeto de crença.

A forma como a mídia atua na vida das crianças é de seduzi-las, encantá-las. Seja na propaganda de roupas, seja na propaganda de alimentos, de brinquedos; os publicitários estão sempre criando meios de atrair o público infantil, e se os pais não tiverem um controle de por limite na vontade de seus filhos enquanto crianças, quando estes crescerem, serão indivíduos escravos do consumismo. Se perguntarmos para uma criança onde ela quer fazer um lanche, ela automaticamente irá responder que quer lanchar no Mc Donald, justamente por causa da veiculação dos comerciais.
Os pais têm que mostrar para seus filhos, que o Mc Donald não é um lugar para se lanchar com freqüência, primeiro por causa do tipo de alimento que não é propício para a criança, pois pode causar obesidade; e segundo, pelo custo que nem sempre cabe no bolso de todas as pessoas.
A exposição diante da televisão de maneira excessiva é prejudicial à criança. Sabe-se que a tv possui um leque de opções, que ajuda na formação educacional. Porém, há pontos positivos e negativos, entre eles programas inadequados para determinada faixa etária. Apesar dos programas possuir uma indicação para determinada idade, a família deixa a criança escolher o que quer, isto porque, os membros da família trabalham a maior parte do dia. Sendo assim, há uma série de apelos que a televisão mostra para conquistar o público, e acaba aceitando inconscientemente. De acordo com Bock (2004 p.281):

Ao expor o apelo sexual ou conteúdos que são restringidos aos vários segmentos sociais, a propaganda oferece um objeto de desejo imaginário (uma relação inconsciente), que se concretiza no produto anunciado. O produto não é motivo de restrição e, ao mesmo tempo, faz alusão ao desejo proibido ou de difícil realização (o conteúdo que foi recalcado no inconsciente no processo de desenvolvimento de uma cultura).

Quando o produto anunciado carrega uma mensagem que prejudica a criança, torna-se prejudicial pelo fato da criança não questionar e retê-la de forma explícita.
No mundo atual, onde a crise financeira tem prejudicado a muitos, nota-se a inserção de pessoas de menor idade no mundo do trabalho. Entretanto, essa inserção acontece devido à negligência de alguns pais, que colocam seus filhos nos semáforos, nas portas de mercados como pedintes, vendendo balas nas ruas, entre outros. A maior parte das famílias alegam cometer essas atitudes devido a desigualdade social. No pensamento de Bock (2004 p.295):

Essa entrada prematura no mercado de trabalho ocorre porque a realidade econômica brasileira não fornece condições para que as famílias empobrecidas mantenham seus filhos na escola, obrigando essas crianças e adolescentes a contribuírem com o orçamento doméstico como forma de garantir que toda a família e, particularmente, os irmãos menores, não passem fome. Trata-se de uma injustiça social criada pela estrondosa diferença de renda, constatada em nosso País, entre a população mais rica e a mais pobre.


Com isso se percebe que o problema é social, cabendo as autoridades desenvolver políticas públicas para amenizar esse problema.
Por outro lado, cabe aos pais perceberem que com o trabalho precoce seus filhos podem ser prejudicados em sua aprendizagem escolar, devido ao cansaço e a responsabilidade em trabalhar tão precocemente. Sendo assim, os pais têm que se esforçarem mais para manterem seus filhos na escola.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Quem ensina, aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

(Paulo Freire)

A família como mediadora


A família não deixará de ser a célula mater da sociedade. Através dela, dos valores que ela transmite, é que se pode formar cidadãos de bem. Quando uma criança nasce e cresce numa família bem estruturada, onde prevalece o respeito, o afeto entre si, onde os pais ensinam seus filhos a respeitarem o próximo e a se comportarem no ambiente extra familiar, com certeza esses pais não terão problemas futuros com os mesmos. Todos esses ensinamentos se refletirão futuramente, fazendo dessas crianças cidadãos de caráter. Segundo Bock (2004 p.249):

A família, do ponto de vista do indivíduo e da cultura, é um grupo tão importante que, na sua ausência, dizemos que a criança ou o adolescente precisam de uma “família substituta” ou devem ser abrigados em uma instituição que cumpra as funções materna e paterna, isto é, as funções de cuidados e de transmissão dos valores e normas culturais – condição para a posterior participação na coletividade.

Essa substituição só poderá ocorrer se realmente o aluno não tiver a presença de seus pais, da família materna ou paterna que venha substituir os mesmos. Entretanto, se a escola perceber que os alunos têm família e esta, não está participando, colaborando com seu dever, que é fornecer um acompanhamento para a melhor realização do ensino, a escola deve tomar providências, acionando o Conselho Tutelar, por exemplo.

O Conselho Tutelar é um órgão público e existe em 35 regiões da cidade e tem a função de zelar pelos direitos da criança e do adolescente, como estão estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os conselheiros são pessoas da própria comunidade, que têm o papel de porta-voz e atuam junto a órgãos e entidades, para garantirem os direitos da criança e do adolescente. Estes conselheiros são escolhidos através do voto da comunidade, onde são eleitos 5 membros com um mandato de 3 anos. As principais atribuições do Conselho Tutelar são: (www.prefeitura.sp.gov.br) 2008.

Atender às crianças e adolescentes que tiverem seus direitos ameaçados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta; omissão ou abuso dos pais ou responsáveis; ou em razão de sua conduta. Receber a comunicação (obrigatória) dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos; de reiteradas faltas injustificadas ou de evasão escolar; após esgotados os recursos escolares; e de elevados níveis de repetência. Requisitar o serviço social, previdência, trabalho e segurança, ao promover a execução de suas decisões. Atender e aconselhar os pais e responsáveis, podendo aplicar algumas medidas, tais como encaminhamento a cursos ou programas de orientação e promoção à família e tratamento especializado. Assessorar a prefeitura na elaboração de propostas orçamentárias, com a finalidade de garantir planos e programas de atendimento integrado nas áreas de saúde, educação, cidadania, geração de trabalho e renda a favor da infância e juventude. Encaminhar a notícia de fatos que constituem infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente. Incluir no programa de auxílio, orientação e tratamento de alcoólatras e toxicômanos.

O Estatuto da Criança e do adolescente (ECA), é um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que foi criado para defender a integridade da criança e do adolescente. Ele foi estabelecido pela Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. De acordo com o artigo 19 cap. 03 do ECA, a criança e o adolescente tem direito a convivência familiar e comunitária:

Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

Dessa forma, não cabe somente a família complementar um apoio educacional; precisa também proporcionar um crescimento saudável para a criança. Como o artigo acima citado mostrou, é necessária uma educação sem vínculos com produtos entorpecentes. A criança da mesma forma que se espelha no professor, ela se espelha mais ainda nos pais e retém características dos mesmos. Quando se fala em ambiente saudável, significa dizer que no contexto que a criança convive, ela precisa de fatores que proporcionem atitudes positivas.

Entendendo a educação infantil e o papel da família

O termo educação tem um sentido muito amplo; onde há, educação formal e informal. O aluno tanto aprende dentro da escola, como fora dela. A educação formal é aquela que se adquire nas instituições de ensino; que tem regras e educa o homem para viver em sociedade. Segundo Bock (2004, p, 261).

Ao transmitir a cultura e, com ela, modelos sociais de comportamento e valores morais, a escola permite que a criança “humanize-se”, cultive-se, socialize-se ou, numa palavra eduque-se. A criança, então, vai deixando de imitar os comportamentos adultos para aos poucos, apropriar-se dos modelos e valores transmitidos pela escola, aumentando, assim, sua autonomia e seu pertencimento ao grupo social.

Já a educação informal, é aquela adquirida no cotidiano, na comunidade, na convivência com o outro, e principalmente no ambiente familiar. Porém, é visível um grande descaso que há por parte de alguns pais com a educação de seus filhos e a vida escolar dos mesmos; pois esses pais vêm fazendo da escola um depósito de crianças, na qual são deixadas pela manhã e só retornam para o ambiente familiar á noite, devido á falta de tempo destes por causa da jornada de trabalho e competitividade social. Essa falta de tempo faz também com que os pais deixem de participar ativamente do contexto escolar de seus filhos, deixando toda responsabilidade em cima da escola e dos professores. Bock (2004, p, 250).

Em todas as classes, as crianças estão indo mais cedo para as instituições educacionais. Os motivos são os mais diversos, sendo que um deles deve ser ressaltado: a entrada da mulher no mercado de trabalho quer para garantir a renda familiar, quer como projeto de vida profissional.

Porém, vale deixar claro, que a escola (creches ou pré-escolas), não pode ser vista como um depósito de crianças, pois não é; ela é um lugar onde a criança irá se preparar para ser alfabetizada no futuro. Por isso, a educação infantil deve ser respeitada e levada a sério, principalmente pela família, pelos pais, proporcionando a essa criança, muito carinho, alimento, uma boa saúde, um ambiente de paz, na qual ela possa viver com sua família. Todos esses itens colaboram para um bom desempenho escolar. È nessa fase que a criança está com a mente fresca, pronta para receber bons ensinamentos. A educação infantil é a fase mais importante no desenvolvimento cognitivo da criança, pois é nela que a criança começa a sua vida escolar. Como está expresso na LDB s(Leis de Diretrizes e Bases da educação) 9394/96, art.29.:

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (SIC!), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e comunidade.

No processo escolar da criança de educação infantil, a participação da família é fundamental para o bom desenvolvimento da aprendizagem da mesma. A família pode começar ajudando a criança a fazer suas tarefinhas de casa, valorizar os trabalhos realizados por ela, e incentivando-a a usar sua criatividade por meio de recursos específicos para sua idade, sendo esses recursos; folhas de papel, lápis de cera, em fim, objetos que a criança possa manusear livremente e soltar sua imaginação, podendo também, desenvolver sua coordenação motora fina, usando, por exemplo, a massinha de modelar. O Antropólogo Carlos Brandão (2001,p, 9).

Não há uma única forma nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é seu único praticante.

A educação infantil é oferecida em creches para crianças de 0 a 3 anos, e em pré- escolas para crianças de 4 a 5 anos. È nessa fase que a criança conhece e aprende, através de materiais didáticos – pedagógicos e métodos específicos; as vogais, o alfabeto, a fazer o seu nome, conhecer as cores, em fim, conteúdos específicos para esse público. Além desse aprendizado, ela começa a se desenvolver intelectualmente, sem contar que na escola as crianças têm contato umas com as outras, esse contato também acontece em casa, na comunidade, em fim, no dia a dia. E essa convivência desenvolve o lado social, a afetividade pelo próximo e ajuda no seu aprendizado. Segundo Bock (2004, p, 265).

A escola não deve ser pensada como fortaleza da infância, como instituição que enclausura seus alunos para melhor prepará-los. È preciso articular a vida escolar com a vida cotidiana; articular a vida escolar com os acontecimentos do dia-a-dia da sociedade.

Existem pais que pensam que a escola deve se encarregar sozinha de efetuar o processo educacional da criança, sendo que a educação só ocorre quando escola e família se unem por um mesmo objetivo, se essa união não acontecer, a escola educa e os pais deseducam. A escola deve se comunicar com a família diariamente; e essa comunicação deve ser feita através da agenda escolar, bilhete e até mesmo pelo caderno da criança, cabe ao docente escolher a melhor forma, porém, a família por sua vez, deve ficar atenta a essa comunicação e fazer a correspondência da mesma. De acordo com Içami Tiba (2006 p.152):

A escola precisa alertar os pais sobre a importância de sua participação: o interesse em acompanhar os estudos dos filhos é um dos principais estímulos para que eles – alunos – estudem. È importante a participação dos pais nas reuniões escolares que todos os meios para convocá-los são válidos: recados na agenda, correspondência, telefonemas,e-mails ou mesmo o sistema “boca a boca”.Cada escola pode utilizar o meio que julgar mais suficiente.

Falar de família atualmente é muito complexo, pois não há mais nos dias de hoje,aquele modelo de família nuclear,onde o pai era o que mantinha a casa e a mãe, quem cuidava dos filhos e zelava pela harmonia do lar. O que se vê hoje é uma diversidade de família, ou seja, modelos de família, onde o pai está cada dia perdendo sua posição de mantenedor do lar ao se igualar com a mãe devido às conquistas femininas que levaram essa “mãe”, a entrar no mercado de trabalho.(Joana R. Di Santo, www.centrorefeducacional.com.br, 2008). Com essa igualdade, muitas vezes o homem vai perdendo (em alguns casos), o seu papel na família, sendo a mãe que passa a assumir o mesmo, devido a vários fatores, um deles é a mulher ter que assumir a maternidade como produção independente.

As crianças de antigamente são diferentes das crianças de hoje. Antes as crianças tinham outra educação; era uma educação mais rigorosa, na qual o respeito pelos pais, pelos mais velhos, era o que prevalecia; as crianças eram educadas para obedecer, seja aos pais, seja aos professores, em fim, eram disciplinadas. Já as crianças de hoje, não são mais educadas como antes, pois os pais estão deixando a desejar neste sentido, devido à correria do dia a dia que eles vêem tendo por causa da jornada de trabalho e também devido aos novos valores que constituem a sociedade, como por exemplo: a mídia, recursos tecnológicos diversos, Internet, e o convívio com a escola, família, amigos; todos esses exemplos funcionam como espelho, contribuindo para a formação dos valores éticos etc. Segundo Ariés (1988) in Clarice Cohn (2005 p.21):

O estudo histórico de Philippe Áries sobre A criança e a vida familiar no Antigo Regime mostra que a idéia de infância é uma construção social e histórica do Ocidente. Ela não existe desde sempre, e o que hoje entendemos por infância foi sendo elaborado ao longo do tempo na Europa, simultaneamente com mudanças na composição familiar, nas noções de maternidade e paternidade, e no cotidiano e na vida das crianças, inclusive por sua institucionalização pela educação escolar.

Se o meio ao qual a criança está inserida muda, a postura desta criança diante do meio também muda e transforma. Com isso, não se pode dizer que a educação de antigamente deve ser praticada pelos pais e professores sobre a criança da mesma forma dos tempos atrás. O tipo de família atual é diferente da composição familiar do passado.

2.1-A família como mediadora

A família não deixará de ser a célula mater da sociedade. Através dela, dos valores que ela transmite, é que se pode formar cidadãos de bem. Quando uma criança nasce e cresce numa família bem estruturada, onde prevalece o respeito, o afeto entre si, onde os pais ensinam seus filhos a respeitarem o próximo e a se comportarem no ambiente extra familiar, com certeza esses pais não terão problemas futuros com os mesmos. Todos esses ensinamentos se refletirão futuramente, fazendo dessas crianças cidadãos de caráter. Segundo Bock (2004 p.249):

A família, do ponto de vista do indivíduo e da cultura, é um grupo tão importante que, na sua ausência, dizemos que a criança ou o adolescente precisam de uma “família substituta” ou devem ser abrigados em uma instituição que cumpra as funções materna e paterna, isto é, as funções de cuidados e de transmissão dos valores e normas culturais – condição para a posterior participação na coletividade.

Essa substituição só poderá ocorrer se realmente o aluno não tiver a presença de seus pais, da família materna ou paterna que venha substituir os mesmos. Entretanto, se a escola perceber que os alunos têm família e esta, não está participando, colaborando com seu dever, que é fornecer um acompanhamento para a melhor realização do ensino, a escola deve tomar providências, acionando o Conselho Tutelar, por exemplo.

O Conselho Tutelar é um órgão público e existe em 35 regiões da cidade e tem a função de zelar pelos direitos da criança e do adolescente, como estão estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os conselheiros são pessoas da própria comunidade, que têm o papel de porta-voz e atuam junto a órgãos e entidades, para garantirem os direitos da criança e do adolescente. Estes conselheiros são escolhidos através do voto da comunidade, onde são eleitos 5 membros com um mandato de 3 anos. As principais atribuições do Conselho Tutelar são: (www.prefeitura.sp.gov.br) 2008.

Atender às crianças e adolescentes que tiverem seus direitos ameaçados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta; omissão ou abuso dos pais ou responsáveis; ou em razão de sua conduta. Receber a comunicação (obrigatória) dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos; de reiteradas faltas injustificadas ou de evasão escolar; após esgotados os recursos escolares; e de elevados níveis de repetência. Requisitar o serviço social, previdência, trabalho e segurança, ao promover a execução de suas decisões. Atender e aconselhar os pais e responsáveis, podendo aplicar algumas medidas, tais como encaminhamento a cursos ou programas de orientação e promoção à família e tratamento especializado. Assessorar a prefeitura na elaboração de propostas orçamentárias, com a finalidade de garantir planos e programas de atendimento integrado nas áreas de saúde, educação, cidadania, geração de trabalho e renda a favor da infância e juventude. Encaminhar a notícia de fatos que constituem infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente. Incluir no programa de auxílio, orientação e tratamento de alcoólatras e toxicômanos.

O Estatuto da Criança e do adolescente (ECA), é um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que foi criado para defender a integridade da criança e do adolescente. Ele foi estabelecido pela Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. De acordo com o artigo 19 cap. 03 do ECA, a criança e o adolescente tem direito a convivência familiar e comunitária:

Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

Dessa forma, não cabe somente a família complementar um apoio educacional; precisa também proporcionar um crescimento saudável para a criança. Como o artigo acima citado mostrou, é necessária uma educação sem vínculos com produtos entorpecentes. A criança da mesma forma que se espelha no professor, ela se espelha mais ainda nos pais e retém características dos mesmos. Quando se fala em ambiente saudável, significa dizer que no contexto que a criança convive, ela precisa de fatores que proporcionem atitudes positivas.